quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nem e de Ninguém (parte 3)

Terras do Nem e de Ninguém (parte 3)


Toda cidade tem um código de posturas municipais. Parnamirim herdou o código de posturas do antigo município de Eduardo Gomes, datado de 1983 (sete de maio), entrando em vigor, sessenta dias após a sua publicação. O primeiro artigo do código municipal já define e deixa claro, que contém as medidas de policia administrativa, à cargo do Município, sobre higiene e ordem pública, ou seja, o funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais.
O Código de Parnamirim é do século passado, um século ainda recente, e de problemas antigos que atravessaram os séculos. Atualmente as atividades econômicas principais de Parnamirim são a agropecuária e o comercio (Anuário RN 2009-2010). Segundo o código de posturas de 1983, cabem ao Prefeito e funcionários municipais as incumbências de velar e zelar pelas observâncias dos preceitos do código (Art. 2º). Com trinta anos de código de posturas municipais, ele já pode ser considerado antiquado, mas muito jovem, já que poucos artigos, de um total de 188, são exercidos e cumpridos.
Todo nome precedido da palavra “novo” ou da palavra “nova” da ideia de algo de melhor, algo melhorado depois de pensado e analisado. Não há um novo código de posturas municipais, mas há uma Nova Parnamirim, uma nova cidade em um novo século, e um bairro que pelo nome tem uma proposta de ser construído e edificado em condições melhores.
Ainda não houve um brainstorm para tornar o bairro realmente novo, inovador, para formar uma Nova Parnamirim. Enquanto não há um brainstorm, o Povo, entre pedestres e cidadãos, vai se acostumando, se amoldando e se adaptando com as tempestades e trovoadas de São Pedro e São Cristovão. E rezando para que N. S. de Fátima os proteja.
“Vai Maria e volta Abel”, ou ‘Vai Abel e volta Maria”, duas expressões anunciadas pelos cobradores dos transportes interbairros, sobre os itinerários dos veículos, anunciadas aos passageiros que desejam um embarque, indo ou vindo, para lá ou para cá. Veículos não adaptados e não adequados aos necessários transportes coletivos de um município em região metropolitana. Um alternativo que se torna um única opção.
Uma expressão anunciada a cada parada, palavras que conferem a indeterminação do bairro. Hora é Maria, hora é Abel. Uma hora é Natal, outra hora é Parnamirim. Quando uma cidade cresce, ela leva consigo o dever de proporcionar o direito. Facilitar o direito de ir e vir do cidadão, promover os deslocamentos urbanos de seus munícipes dentro do seu perímetro municipal, urbano e rural.
Enquanto o comercio e as missas giram em torno de uma praça, é possível fazer e resolver tudo à pé ou “di pé” no linguajar do povo. Quando ocorre o aumento da população e ocupação dos lugares mais longínquos, o município adquire maiores proporções. E transportes adequados e atualizados se fazem necessário para cruzar o município de norte a sul e de leste a oeste.

BLOG/Metropolitano
Texto disponivel em:
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  14/11/2013


Roberto Cardoso
(Maracajá)






quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Aniversario de 446 anos da ilha



Aniversario de 446 anos da Ilha do Governador
setembro/2013
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

PREMIO INFORMATICA 2013


PREMIO INFORMATICA 2013

Roberto Cardoso

 

As votações já começaram e estou candidato na categoria "Colunista de Informática"

Vote no Prêmio Informática 2013 a partir de hoje. São 20 categorias. Acesse http://www.informaticaemrevista.com.br/premiacao.php

 INFORMATICA PRIZE 2013

Roberto Cardoso

 

Voting has already begun and I am a candidate in the category "Computer Columnist"
Vote in Computing Award 2013 from today. There are 20 categories. Log in


 

INFORMATICA PREMIO 2013

Roberto Cardoso

 

La votación ya ha comenzado y yo soy un candidato en la categoría "Columnista Computer"
Voto en el Premio Computing 2013 a partir de hoy. Hay 20 categorías. iniciar la sesión

 
 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (2)


Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (Parte 2)

 

Enquanto o sertanejo vai mandando pedidos, mensagens e agradecimentos a São Pedro e São José os profissionais da meteorologia já soltaram balões sondas e rádios sondas que foram rastreados em sua trajetória de ascensão em direção ao céu. Sendo seus dados coletados e enviados a outras estações meteorológicas, onde as informações serão plotados em gráficos e mapas. O dia de São José já teve uma maior importância, quando era feriado nas cidades do interior. Com a redução de feriados nacionais, o dia não foi esquecido pelo sertanejo.

Dados vindos de sondagens atmosféricas, por balões meteorológicos são lançados em formulários para uso futuro. E anotados (plotados) em gráficos com o nome de Skew T Log Pi, um gráfico de uma atmosfera padrão, que depois de totalmente plotados e analisados podem fazer entender o comportamento das camadas superiores da atmosfera e estimar o tempo na localidade de soltura dos balões, normalmente em aeroportos, uma previsão para as próximas horas, fundamental para aviação

Meteorologistas e climatologistas tem se reunido para discutir a seca do NE. Com certeza suas analises e opiniões para o futuro servirão para administrações municipais, estaduais e federais traçarem suas estratégias de promessas em campanhas eleitorais. A transposição do Rio São Francisco muda os rumos do rio e os destinos das águas a cada momento político.

Hoje os tempos são de alta tecnologia que permitem reuniões a distancia com vídeo conferencias, sem a necessidade presencial de todos os participantes. Basta ter um acesso a internet que todos poderão participar ao mesmo tempo, inclusive com interferências ao palestrante em tempo real.

O clima muda a cada momento, o tempo que faz na data de hoje não é o mesmo desta mesma data em outros anos. Algo, mesmo que seja minusculamente imperceptível mudou, e muitos anos depois serão notados os acúmulos destas pequenas mudanças.  

A ordem social atual é a preservação do meio ambiente. e o quanto menos viagens acontecerem, menos combustível de origem fóssil serão utilizados, e menos poluentes serão lançados na atmosfera, o que justificaria uma teleconferência para discutir o que está acontecendo e já se sabia que ia acontecer.

 

 

 

 

RODAPE

 

Artigos relacionados:

Meteorologistas, feiticeiros e pajés.

Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (Parte1)

Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (Parte 3)

 
Natal - Parnamirim/RN ─  27/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

 

Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (1)


Meteorologistas, feiticeiros e pajés. (Parte 1)

 

Muito já se falou e já se constatou que a atual seca no NE é a pior dos últimos tempos, pelo menos entre os novos tempos, e desde os tempos de onde e quando há registros de dados anotados e classificados, de um modo cientifico e acreditável. Tanto o período de secas quanto o período de chuvas, são momentos sazonais previsíveis e esperados para acontecer, a intensidade dos períodos que se torna uma dúvida e uma expectativa. O sertanejo tem suas formulas e técnicas para prever e saber antecipadamente como serão os períodos de chuva e de seca. Formulas e técnicas chamadas de crendices e empirismo pelo cientificismo.

As dimensões continentais do Brasil criam diversas denominações das estações, em diferentes regiões, que podem causar um mau entendimento por uns ou por outros nos diagnósticos e prognósticos climáticos e meteorológicos. Enquanto uma parte do país entende o inverno como uma estação fria outra parte entende como período das chuvas. Enquanto durante uma mesma época do ano uns chamam de verão outros chamam de seca. Meteorologistas classificam de veranico um pequeno período do inverno com características de verão.

O outono traz consigo uma herança colonizadora como sendo o período em que as folhas caem, ficando as arvores apenas com os galhos. A primavera como a estação das flores e no nordeste o mandacaru quando flora na seca é sinal que a chuva chega no sertão.  Nas escolas do sul maravilha aprende-se desde sedo por fotos e imagens na TV que o cactos é uma planta natural dos desertos. O sertanejo desde cedo sabe distinguir um facheiro de um mandacaru e de um xique-xique.

Pinicos pluviométricos, bolas de cristal heliográficas e higrômetros com elementos medidores de umidade consistindo em um conjunto de fios de cabelos, que distendem com a umidade. Vendavais medidos pela quantidade de penas que uma galinha perde, e birutas para indicar direção e velocidade de vento. E molhar o dedo para identificar a direção do vento, são modelos ou instrumentos de medição de um passado não tão distante.

Observar e analisar as nuvens no céu, observar comportamentos de alguns animais, perceber se faz frio ou calor, faz parte de uma observação empírica, implícita em cada um de nós. O homem aprende pela observação.

 

RODAPE

 

Artigos relacionados:

Meteorologistas, feiticeiros e pajés.

Meteorologistas, feiticeiros e pajés (Parte2).

Meteorologistas, feiticeiros e pajés (Parte 3).

 
Natal - Parnamirim/RN ─  27/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Miscigenação do catimbozeiro


Miscigenação do catimbozeiro

 

Arqueologicamente falando o Brasil foi formado inicialmente por povos pré-históricos. Há vestígios encontrados e comprovados minimamente pelos sítios arqueológicos da Ilha de Marajó e na região de Santarém, na região Norte. Diversos outros sítios arqueológicos e inscrições rupestres podem ser são encontrados pelo país.

Historicamente narrando o Brasil foi formado por povos oriundos da África, povos indígenas nativos e pelos portugueses que aqui desembarcaram por volta do ano 1500 da Era Cristã, em naus e caravelas com uma cruz estampada nas velas. A história se incumbiu de fazer inserções e modificações culturais com migrações europeias e asiáticas. Economicamente o Brasil é um país novo no cenário mundial, de um mercado oscilante que depende de safras e climas, de situações políticas governamentais, de bolsas de valores e de bolsas de mercadorias internacionais.

Mas este mix de povos, economias e culturas, mais a diversidade religiosa mediante um processo histórico deu um ganho de cultura e aprendizado a partir dos múltiplos olhares. Foi menosprezado e diminuído por muitos, evitando e diminuindo o seu crescimento, mas sempre levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima.

Exemplo melhor para o exposto acima é o jeitinho brasileiro de criar situações e soluções em casos extremos, como os vistos nos últimos dias. Movimentos de indigenização, onde se volta às raízes antigas com gestos ancestrais, criando tensões e conflitos para mudar o ambiente no qual  vivem, polêmicos, mas irresistíveis.

Ultimamente o país vem sofrendo, vivendo e convivendo com manifestações de diversas classes e etnias com diversas reivindicações e cobranças ao poder publico. Até na abertura de um jogo de futebol com um pais do outro lado do mundo e com destaque e transmissão internacional onde a presidenta foi vaiada pelo público presente no estádio. Estádios que vão se transformando em arenas.

O país vai ganhando espaço na mídia internacional, o espaço anteriormente ocupado por misérias e violências, escândalos e falcatruas vai se modificando e sendo ocupado por reivindicações populares.

Com a força policial utilizando de gás pimenta e gás lacrimogêneo logo apareceram outros temperos e produtos domésticos como antídotos contra efeitos de gases utilizados nas ruas, vinagre e produtos antiácidos. Talvez por falta de fornecedor ou de planejamento os manifestantes não revidaram com gás hilariante.

Todo poder autoritário gera em seu próprio modelo, recursos, estratégias e possibilidades de ser destituído.

 


Jornal de HOJE

 
Natal - Parnamirim/RN ─  16/06/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

domingo, 24 de março de 2013

Celacanto provoca maremoto no RJ


Celacanto provoca maremoto no RJ
 

O regime pluviométrico vem se modificando a cada ano. As previsões meteorológicas estão passando por problemas e incertezas, já que estão baseadas em modelos matemáticos inseridos em sistemas computacionais, construídos ao longo dos anos que se passaram, com informações armazenadas em bancos de dados, desde a instalação dos sistemas de observação meteorológica visual, quando estes pertenciam ao Ministério da Agricultura (DMMET), fazendo parte de um sistema mundial conduzido pela OMM – Organização Meteorológica Mundial, órgão vinculado a ONU.

O sertanejo tem apostado na sabedoria secular da observação e comportamento da natureza. No Rio de Janeiro enchentes consecutivas destroem a região causando deslizamentos, desabamentos e mortes. Ao mesmo tempo em que falta água nas cacimbas e açudes do sertão nordestino, onde cidades estão desabastecidas e esquecidas.

Em qualquer grupo de conversa o assunto é que as coisas estão mudando, que o clima já não é o mesmo, que o tempo está passando mais rápido e que acontecimentos e pessoas não se comportam mais como antigamente. Os jovens passam o dia diante de um computador sem se interessar por livros. Pessoas que fazem uma postagem na internet a cada cinco minutos sobre o que estão fazendo ou pensando.

A vibração do mundo vem mudando, é outra, os desafios não são mais os mesmos, os objetivos estão mais distantes e a necessidade de se ajustar a esta nova sintonia se faz necessário ser mais rápida e cada um tenta a seu modo ser mais rápido.  Tudo muda a cada momento e não percebemos, a não ser que façamos uma pausa, ou uma parada para observar o que passou, e prosseguimos novamente. Pause: stop and play again.

Na década de 1970 uma brincadeira causou interesse, curiosidade, mistério e modificação do ambiente. Um grafite com a frase “celacanto provoca maremoto” alastrou-se por muros a partir da cidade do Rio de Janeiro. Deixou de ser grafite e passou a ser pixação, ocupou as rochas pelas estradas do estado, cada vez indo mais longe, saindo do estado. Informações dizem ter chegado aos EUA e Europa. Segundo consta a frase surgiu a partir de um filme seriado passado na televisão brasileira, um filme de origem japonesa, quando a televisão brasileira ainda transmitia imagens em P&B.
 

 
Um super herói nacional japonês de nome National Kid (década de 1960), que com uma capa e pistolas de raios defendia a Terra de invasões extraterrestres, ocorridas em cidades do Japão. Em uma das séries invasivas haviam seres denominados abissais que viviam dentro de um enorme submarino em forma semelhante a um peixe, um celacanto, peixe que vive em águas profundas onde a luz solar não alcança. Vez por outra ele vinha á tona causando transtornos a navegadores e cidades à beira mar, um dos personagens do filme certa vez mencionou a frase: celacanto provoca maremoto.  National Kid seria uma estratégia de marketing da empresa japonesa a National de aparelhos eletrônicos que mais tarde viria se chamar Panasonic.

Stop, parando e observando. Aliado as mudanças, invasões e transformações assistidas na TV o contexto cultural brasileiro também se modificava. O Rio de Janeiro sempre foi considerado a capital cultural. A jovem guarda, o movimento da tropicália os festivais da canção, a MPB. Cantores e compositores saíram de Salvador/BA, de Cachoeiro do Itapemirim/ES e foram para o Rio de Janeiro/RJ mostrar seus talentos. Foram para voltar e não voltaram.

A popularização das TVs em ambiente doméstico. Os reclames comerciais. A americanização entrava nas casas pela televisão construindo nossas cabeças desde a infância e os adultos da época já se espantavam, comentavam e criticavam, e nem se davam conta que suas cabeças também mudavam com filmes mostrando lares e famílias perfeitas.  O celacanto provocou um maremoto cultural e comportamental.

 

 
Parnamirim/RN -  24/03/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)